O que passa pela cabeça deles?
- jahmayconqueiroz
- 21 de ago.
- 2 min de leitura
Por Mariana Nunes

Enquanto eu estava indo para o show da virada cultural em M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, um episódio que já se tornou rotina na vida de muitas mulheres aconteceu comigo: o assédio verbal. Eu, e as meninas que me acompanhavam, reagimos como deveríamos naquele momento. Muitas vezes, várias mulheres ficam constrangidas e sem saber como agir. É angustiante saber que estamos presas em um ciclo sem fim, onde o desrespeito se torna chato e as reações parecem insuficientes.
O que passa pela cabeça desses homens que se veem no direito de invadir nosso espaço? Por que não se colocam no lugar das mulheres?
Imagine se fosse uma das filhas deles enfrentando essa realidade…
O que leva algumas pessoas a continuarem defendendo um ser humano como esse?
A revolta é constante e ao mesmo tempo um sentimento que machuca. Não podemos usar roupas justas ou um pouco curtas sem tomar olhares invasivos ou comentários indesejados. Vi no jornal o caso de uma menina de 11 anos que marcou um encontro pelo celular com um cara desconhecido de 23 anos e acabou sendo estuprada, enquanto outra criança assistia. Seria hipocrisia pedir para os responsáveis tomarem mais cuidado?
A cada segundo, uma mulher é morta, assediada ou estuprada em algum lugar do mundo. O ambiente feminino está cada vez mais hostil e opressor. Muitas vezes desejamos ser invisíveis para evitar essas situações constrangedoras, saímos até de roupas largas, grandes ou até mesmo roupa masculina para não atrair olhares indesejados. Mas será que estamos fazendo algo errado? Ou será que está faltando noção deles?
É preciso uma mudança na mentalidade coletiva. As mulheres não devem ser responsabilizadas pelo assédio, a responsabilidade recai sobre aqueles que não sabem respeitar.
Concordo plenamente, nenhuma mulher merece sofrer este tipo de coisa, principalmente as crianças. O assedio não é só um episódio qualquer. é um conjunto de coisas que traumatizam e machucam a mulher, estupro não é brincadeira, é algo sério que deve ser tratado como coisa séria, como um crime. não piada.