Sonho Arruinado
- jahmayconqueiroz
- 11 de set.
- 2 min de leitura
Por Daniel Nascimento

Há alguns dias atrás, estava na frente de casa com o seu joão, meu vizinho. Estávamos conversando sobre futebol e como ele também afeta na nossa vida. Eu e ele temos algo muito em comum: somos dois palmeirenses fanáticos e loucos pelo clube.
Em um determinado momento da conversa, ele me perguntou se eu ainda tenho o sonho de me tornar jogador, e respondi para ele com um aperto no coração, “Ah, seu João, eu carrego comigo uma frase que nunca vou me esquecer, um sonho nunca morre, ele é apenas deixado de lado, mas sei que hoje, na idade que estou, vai ser quase impossível esse sonho se tornar realidade, até porque hoje em dia, no futebol, se você não tem um empresário bom, você não chega em lugar algum”. Logo em seguida ele ainda me incentivou e disse que não era para eu desistir assim tão fácil do meu sonho. Um pouco depois, perguntei a ele se ele jogava bola, em que posição e como era na época dele. Ele havia me dito, que era um ponta direita muito ágil e habilidoso, mas que algumas lesões ainda precoce, o deixaram incapaz de dar continuidade na sua carreira.
Ele me contou que aos 11 anos tinha ido jogar na base do São Paulo, mas saiu de lá aos 13 e, enquanto ficou um tempo sem clube, ele jogava no bairro onde morava, lá em Minas Gerais. Durante alguns meses jogando lá, ele teve uma lesão séria no joelho, por causa das pancadas que sofria, por isso teve que aposentar o futebol aos seus 14 anos.
Por mais que ele tenha parado de jogar bola, o futebol não deixou de fazer parte de sua vida. Mesmo com o joelho ruim, ele ainda frequentava a torcida organizada do Palmeiras, na época a TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras), e depois de alguns anos lá, ele saiu da organizada e passou apenas a acompanhar o clube e o esporte que gosta. Isso só me mostrou o quão importante é o futebol e o esporte em si.
Essa conversa também me gerou uma reflexão, “E se eu não desistir? E se eu insistir mais uma vez? E se eu me esforçar e me dedicar mais um pouco? São tantos “e se?”, que tornam um pensamento num ciclo infinito, usando até mesmo a minha frase como exemplo, “E se eu não deixar esse sonho de lado?” e apenas não deixar ele morrer.
Temos que alimentar nossos sonhos e lutarmos por ele até onde é possível, e por mais que pareça impossível, sempre há uma chance de dar certo.
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