Brincar é muito perigoso
- jahmayconqueiroz
- 24 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de mai.
Por Jahmaycon

Sempre que estou em um local onde vejo crianças pequenas brincando é inevitável não reparar: os adultos limitam demais a liberdade dos pequenos brincarem. Se eu fosse contar aqui todos os exemplos onde vi isso acontecer, daria uma bíblia. Porém, preciso comentar alguns casos mais extremos que precisam ser discutidos. Ainda que alguns tenham certa justificativa, é preciso deixar as crianças explorarem o corpo e o espaço, pois além de ser positivo para o desenvolvimento motor, ajuda em outros aspectos, especialmente o emocional.
A primeira vez que esse pensamento me veio à mente, foi quando um colega de trabalho, na época coordenador pedagógico de uma escola, disse que não permitia que as crianças do 1° ano corressem na escola, pois queria evitar qualquer incidente. Óbvio que sempre prezamos pela segurança, mas o incidente em questão seria uma criança esbarrar na outra, algum tropeçar e ralar o joelho, coisas que deveriam ser encaradas como normais e nada com que se preocupar. No entanto, a preocupação dele não era com a integridade das crianças, mas com a queixa dos pais posteriormente.
Essa superproteção está chegando a níveis assustadores, pois ele me relatou que os pais chegam raivosos e ferozes na escola, querendo a cabeça do culpado por seu filho chegar em casa e relatar que caiu na escola. Os pais querem agredir um culpado, como se isso fosse exemplo de proteção paterna.
Devido a essas situações, ele, e muitos outros profissionais, optaram por não deixarem as crianças livres para correr. Acham mais seguro limitar o desenvolvimento da criança do que encarar os pais. Esses pais não se comportam diferente quando estão no papel de supervisores da brincadeira. Se a criança se aventura um pouco mais na corrida, sempre acham um motivo para impedir que isso aconteça. Conforme a criança cresce um pouco e adquire uma certa independência, os motivos para prendê-los em casa vidrados na tela são outros: podem ser raptadas, atropeladas ou os vizinhos podem reclamar do barulho.
O único lugar seguro acaba sendo o quarto escuro, com o olhar vidrado na tela do computador ou do celular.
Com tantas limitações na infância, como esperar que tenhamos adolescentes felizes, ativos fisicamente e capazes de se relacionar com os outros de maneira espontânea? Muitos se tornam presa fácil às influências de pessoas mal intencionadas que atualmente agem muito mais na internet do que pessoalmente, afinal, essas pessoas sabem onde há mais vítimas em potencial e menos vigilância. O corpo está “seguro” dentro de casa, mas e a mente?
cronica muito necessária , o coordenador não estava preocupado com as crianças, mas sim com a reação dos pais. E os pais... uma boa parte se preocupa com seus filhos, mas sempre tem aquelas pessoas que vão apenas se importar com a opinião dos outros e esquecem que estão lidando com crianças
as vezes essas crônicas deveriam vir como regras para os pais, pois eles se preocupam tanto em querer que nada aconteça com seus filhos, que esquecem que isso lhe trará problemas na relação de ambos no futuro
Eduarda Alves 9 branco
achei necessaria essa cronica, pois acho que as criancas devem ter liberdade e e expressao sobre seu proprio corpo,
heloisa 9 branco
a cronica esta muito elaborada, parabens
Gustavo Henrique
Eu acho essa crônica extremamente necessária, por que assim os pais acabem protegendo muito o corpo dos seus filhos evitando acidentes e esquecendo de preservar o psicológico deles também, uma pessoa que vive preso nunca vai conseguir ter boas relações, as telas vão ser seu porto seguro sempre, eu acho que os pais deviam cuidar sim dos seus filhos claro, mas nn pode esquecer que mesmo quando acontece alguma coisa na escola nn é motivo para querer a cabeça do culpado como disse a crônica; Os adultos têm que entender que estão lidando com crianças.
Gabriela Mendes 9° branco